10 de outubro de 2023

Cultura de Sustentabilidade para Pequenas e Médias Empresas

03 passos fundamentais.

De acordo com o último relatório do Sebrae, as Pequenas e Médias Empresas (PME) geraram 75% do total de empregos no país em janeiro deste ano. Nos últimos 6 meses, totalizamos 1,1 milhão de novos empregos contra 385 mil das grandes empresas. Já este outro estudo do Sebrae junto ao FGV apontou que as PME já respondem por 30% do valor adicionado ao PIB do país.

Números como estes mostram o quão fundamental pode ser o nosso papel na transformação da lógica ainda perversa que estabelecemos com o planeta, com as pessoas e com nossa própria sustentabilidade econômica. É claro que também vivenciamos limitações que naturalmente dificultam, por muitas vezes, investimentos imediatos no desenvolvimento de ações mais robustas. Contudo, se desenharmos metas ousadas para nossa visão de futuro, conectadas tanto às especificidades dos nossos negócios quanto ao que as pessoas e o planeta precisam, conseguiremos percorrer esta jornada passo a passo.

Em nossa participação na última Cúpula Global do Clima (Sistema B), apresentamos 3 pontos que consideramos os mais importantes para esse nosso desenvolvimento, a partir de nossa experiência na Baluarte Cultura.

  1. Experimentação.

Apesar do medo natural à implementação de todo novo processo, é preciso compreender que nossa segurança sobre determinado tema apenas se constrói a partir de nossos aprendizados. Por isso, é mais importante criar espaço para testar novas ações e aprimorá-las ou corrigi-las com o tempo que simplesmente adiar essa dedicação, já que isso mantém nossos objetivos sempre distantes.

Estabelecendo grandes marcos de referência em sustentabilidade como a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é possível identificar especificamente onde e de que maneira nossas marcas podem contribuir, considerando as particularidades de nossos negócios como chave para a determinação dos objetivos e metas prioritárias. Na Baluarte Cultura, tanto internamente quanto para as empresas que atendemos, adotamos o SDG Compass, uma metodologia desenvolvida pela ONU justamente para auxiliar as empresas na incorporação dos ODS às suas estratégias de negócio.

2. Explorar conexões.

O segundo ponto é explorar suas conexões, pois a vivência de outros negócios certamente trará ideias para soluções que você busca. Aprenda e troque com outras empresas que também estão comprometidas com esta agenda, buscando inclusive grandes empresas para essa interação, pois como já dissemos, é sempre possível buscar adaptações e adequações posteriormente.

Para nós, por exemplo, a conexão com as outras empresas certificadas pelo Sistema B tem sido fundamental para criarmos um ecossistema bem definido de referências positivas em geração de impactos positivos sobre a sociedade, a economia e o meio ambiente.

3. Sistematização.

Por fim, sistematize sua jornada e mensure suas conquistas para visualizar os avanços e ter a oportunidade de ajustar sua rota e implementar melhorias. Muitas vezes é somente quando nos dedicamos a sistematizar que conseguimos vislumbrar com clareza o todo que realizamos e os verdadeiros resultados de nossas ações.

Na Baluarte Cultura, buscamos reunir ao máximo nossas iniciativas sobre determinado tema em um único documento, como nosso Código Verde, por exemplo, que terá sua 2ª edição lançada na próxima semana. Estes documentos passam a funcionar como diretrizes e contribuem com a sistematização, porque a partir deles fica mais fácil acompanhar o conjunto das atividades realizadas, elencar prioridades e operar ajustes. Para isso, precisam ser periodicamente revisados e atualizados, com a identificação dos pontos implementados e dos pontos de melhoria; além de amplamente compartilhados, para facilitar a transparência e o alinhamento entre toda a sua e equipe de trabalho, interna e/ou externa.

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São muitos os benefícios de ser uma empresa melhor para o mundo. O primeiro, claro, é colaborar para a redução das desigualdades e contribuir para o equilíbrio do planeta. Mas obviamente essa atuação consciente e cidadã também torna-se um diferencial competitivo que, felizmente, cada vez mais é requisitado.

Somos interdependentes e não podemos deixar ninguém para trás!